quarta-feira, 21 de maio de 2014

Há Mercado na Ribeira

Rendi-me à moda dos mercados. Confesso que andava com inveja das romarias dos meus amigos até Campo de Ourique, e por isso assim que a TimeOut anunciou a abertura do novíssimo projecto de reabilitação do Mercado da Ribeira, decidi vingar-me e ir conhecê-lo quanto antes. Fiquei fã, hei-de voltar, mas talvez quando deixar de ser novidade.

Sobre o espaço não vale a pena escrever muito. Já tantos outros o fizeram que se quiserem mesmo saber de onde vêm os candeeiros, vão pesquisar. (e depois contem-me, que havia lá uns giros de morrer)

Resumindo: está tudo muito bem organizadinho, há umas bancas ao género "take away" da Conserveira Nacional, Nós é Mais Bolos, Santini e afins, uma zona dedicada a Chefes como o Henrique Sá Pessoa e outros que sinceramente não me recordo, e nomes que a nossa barriga aprecia e que marcam presença na restauração. Uma salva de palmas para o Café de São Bento, o Honorato, a Pizza a Pezzi, o Sea Me e o Prego da Peixaria, que muito merecem ali estar.

Este último foi, aliás, a minha escolha para a refeição da noite. Já que também ainda não o tinha visitado no Príncipe Real, juntei o útil ao agradável e deliciei-me com um Yuppie de carne do lombo, maionese de manjericão, queijo cheddar e pancetta em bolo do caco da Madeira. Também dei uma trinca no Punk de cogumelo Portobello, rúcula e tomate em bolo do caco da Tandoori. São ambos deliciosos, do género comer e chorar por mais. As chips de batata doce também prometiam... Mas infelizmente não cumpriram. Como me fizeram ver mais tarde, nisto dos hambúrgueres quando há muita clientela, a batata é que paga.

E eis que chegamos ao único ponto negativo desta experiência simpática e que me faz pensar que só regresso quando se esgotar a novidade. Era terça-feira à noite. Terça-feira, não Sábado. Chovia que Deus a dava, e mesmo assim havia gente aos molhos. Demorámos um bom bocado a encontrar mesa para cinco, esperámos em filas, e uma senhora da limpeza agradeceu-me 30 vezes quando já no fim da refeição lhe confirmei que íamos levantar-nos pois estava há que tempos a tentar sentar dois ingleses que lhe tinham pedido ajuda.

Quando a senhora de limpeza se transforma em hostess, sabes que tens um problema. É mandar vir mais meia dúzia de mesas e cadeiras e fica a casa arrumada.

MERCADO DA RIBEIRA
Avenida 24 de Julho
Dom-qua, 10h-24h
Qui-sáb, 10h-02h

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Amorino à terceira vista

Hoje fui experimentar a Amorino do Chiado. Já tinha provado os crepes e os waffles na loja da Rua Augusta e como tal, só me faltava a estrela da casa: lo gelato. O preço ainda me fez hesitar... Três euros e meio por um copo pequeno não é pera doce. Mas lá me venderam aquela ideia muito trendy de que é tudo biológico, sem corantes, nem conservantes, e nos dias que correm a ausência de porcarias na comida faz-se pagar. A verdade é que nem assim esqueci a quantidade de moedas que me saltaram da carteira!

O espaço não é mau, mas é meio invernoso... Há qualquer coisa naqueles sofás escuros que me lembra chocolate quente. O melhor elogio que lhes posso fazer é que se diferenciam pela quantidade de sabores que nos permitem escolher. Ainda ponderei levar um de cada, mas fiquei-me pelos habituais manga, maracujá e framboesa, e agora sei que foi um erro. É que esses são justamente os meus preferidos naquela que é a melhor gelataria do mundo (e não, não vi o mundo todo e não, não quero saber - é a melhor) e na qual são infinitamente deliciosos. Ainda para mais isto tudo com ela mesmo ali ao lado, a vigiar a minha traição. Santini querida, perdoa-me, eu não sabia o que fazia.

AMORINO
Rua Augusta, 209
Rua Garrett, 49
Todos os dias, 10h30-24h